quinta-feira, 5 de março de 2015




Fazer arte com pratos de papelão, além de econômico (é um material que sempre jogamos fora depois das festas), é ecologicamente correto e ainda faz com que a aula se torne interessante e diferente. Como há milhares de idéias possíveis, estas são apenas algumas que recolhi. É possível ilustrar aulas, histórias, ilustrar murais, personagens e mil e uma coisas mais. Dê uma olhadinha nas imagens e veja que vale a pena utilizar ou reutilizar esses materiais:


  • Imagine uma aula sobre mamíferos, apenas com texto e exercícios no quadro. Agora, imagine a mesma aula sendo iniciada com uma conversa sobre animais mamíferos, sem dar um texto pronto de início, apenas conversa. Iinvestiga daqui, investiga de lá, surgem conceitos, surgem exemplos, histórias de animais que eles viram no zoológico ou tiveram em casa...E de repente, construiu-se o tema. A partir daí, é possível confeccionar animais mamíferos com pratinhos, expor no mural etc. Ao final, o texto poderá ser feito, mas não como aquele texto chato inicial, enorme, que os alunos são literalmente obrigados a copiar sem nenhum interesse. O texto será um modo de "amarrar" o tema, fazer a finalização de um assunto que foi abordado de forma interessante, instigante. As atividades também podem vir, nesta etapa final. A diferença foi o caminho escolhido pelo professor. Para ter resultados positivos, aprendizagem garantida, professor, escolha sempre o caminho da alegria. Aulas chatas, repetitivas, que dão vontade de sair pela janela da sala e ir correr com os outros meninos, lá embaixo na rua são uma verdadeira tristeza. Aulas dadas pela obrigação de "dar conteúdo" nem deveriam existir. Afinal, como, depois de dar aulas desta natureza, um professor pode ser capaz de sequer pensar em "aprovar ou reprovar" algum de seus alunos? Precisaria, antes, aprovar ou reprovar a si mesmo e a sua prática.
  • Esta é apenas uma sugestão de atividade criativa, diferente. Mas, com força de vontade e desejando sinceramente que seus alunos aprendam de fato e o façam de forma gostosa, animada, alegre, conscientes da importância do aprender, do conhecimento, conscientes de como é bom saber, o professor encontrará mil caminhos pelos quais poderá passar sem medo, sabendo-se comprometido com a aprendizagem e não com um ato mecânico de aprovar-reprovar. A este respeito, é muito bom ler Celso Vasconcelos:

"Não podemos generalizar, uma vez que há uma diversidade enorme de instituições e de culturas escolares. Existem iniciativas inovadoras acontecendo, existem muitos educadores buscando alterar suas práticas (e é isto que nos ajuda a manter viva a esperança). O que observamos hoje, no entanto, é que, muitas vezes, as práticas de mudança são localizadas (um outro professor, um ou outro segmento da escola) e, creio que por isto mesmo, efêmeras.
Basicamente, em grande parte das escolas, o que se tem é a avaliação tradicional, autoritária, com aquele cunho de apenas constatar e não intervir para mudar.
A avaliação tem servido para controlar o comportamento dos alunos. O professor acaba usando-a como uma forma de controle, de poder, como uma forma de coerção, em sala de aula. Ou então ela serve para dizer quem está apto ou quem não está apto. Afirmar se está ou não apto seria uma etapa: você analisa a produção do(a) aluno(a) e aponta os limites, as dificuldades. Isto seria um momento e não a avaliação em si.

O problema é que pára-se aí. Mas o que se espera de uma avaliação, com uma perspectiva libertadora, justamente o que vem a partir disto: ver o que é possível superar. O professor passa o fim-de-semana corrigindo provas. Chega segunda-feira, entrega as notas na secretaria, vai para a sala de aula, vira a página do diário, e começa vida nova. Para que serviu a avaliação? Só para gerar uma nota para a secretaria." (Celso Vasconcelos)
Prof. Celso dos Santos Vasconcellos, Doutor em Educação pela USP, Mestre em História e Filosofia da Educação pela PUC/SP, Pedagogo, Filósofo, pesquisador, escritor, conferencista, professor convidado de cursos de graduação e pós-graduação, responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica. Autor, entre outros, dos seguintes livros: Avaliação: Concepção Dialética-Libertadora do Processo de Avaliação Escolar; Avaliação: Superação da Lógica Classificatória e Excludente: do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem; Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança - por uma práxis transformadora. Endereço eletrônico: celsovasconcellos@uol.com.br www.celsovasconcellos.com.br

































































 E-mail para colaboração: espacoeducarliza@yahoo.com.b

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